Que a Paz de Cristo e o Amor de Maria possa te envolver!!!

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Por que há tantos suicídios de jovens?

O suicídio é uma das primeiras causas de morte em jovens. E ninguém quer falar sobre o assunto
“Sabeis quantos suicídios de jovens há hoje no mundo? A cifra é alta! Porque não têm esperança. Experimentaram tantas coisas e a sociedade, que é cruel – e é cruel! – não nos pode dar esperança. E esta é como a graça: não se pode comprar, é um dom de Deus. E nós devemos oferecer a esperança cristã com o nosso testemunho, com a nossa liberdade, com a nossa alegria”, disse o Papa Francisco (L’osservatore Romano, 23/06/2013, p. 6).
Suicídio de Jovens 940x500 - 2
A jovem Paris Jackson é uma linda garota de 15 anos, popular na internet por seus tutoriais de maquiagem. Ela canta, toca piano e, em breve, fará sua primeira participação como atriz no filme de ficção ‘Lundon’s Bridge and The Three Keys’. Porém, no início do mês de setembro, ela pegou o público de surpresa ao tentar tirar a própria vida ingerindo uma alta dose de medicamentos e cortando os pulsos. Paris Jackson é filha de Michael Jackson.
Infelizmente, o suicídio é a segunda maior causa de morte entre jovens de 15 e 19 anos, segundo estudos lançados pela publicação “The Lancet, 2012”.
O suicídio, hoje, no Brasil, só perde para as drogas e os acidentes de trânsito. Quando o assunto são mortes prematuras, inúmeros casos circulam no país e, apesar de não serem largamente noticiados, causam comoção e choque entre as pessoas mais próximas ao evento.
Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 2 mil pessoas, entre 15 e 29 anos, tiraram a própria vida em 2009. Número preocupante que deu início a uma campanha de prevenção, que declarou 10 de setembro como “O Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio”.
DOENÇA PSIQUIÁTRICA
É uma das primeiras causas de morte em homens jovens nos países desenvolvidos e emergentes. Mata 26 brasileiros por dia. E ninguém quer falar sobre o assunto.
No Brasil, a taxa de suicídio entre adolescentes e jovens aumentou pelo menos 30% nos últimos 25 anos. O crescimento é maior do que a média da população, segundo o psiquiatra José Manoel Bertolote, autor de ‘O Suicídio e sua Prevenção’ (ed. Unesp).
A curva ascendente vai contra a tendência observada em países da Europa ocidental, nos Estados Unidos, na China e na Austrália. Nesses lugares, o número de jovens suicidas vem caindo, ao contrário do que acontece no Brasil, aponta um estudo da University College London publicado no periódico “Lancet” no ano passado.
“Na década de 1990, a taxa de suicídios aumentava em todos os países do mundo, e a OMS [Organização Mundial da Saúde] lançou um programa de prevenção. Os países que fizeram campanhas de esclarecimento conseguiram baixar os números. É importante falar do assunto”, diz o psiquiatra Neury Botega, da Unicamp.
A taxa cresce por uma conjugação de fatores. “A sociedade está cada vez menos solidária, o jovem não tem mais uma rede de apoio. Além disso, é desiludido em relação aos ideais que outras gerações tiveram”, diz Neury.
Há ainda uma pressão social para ser feliz, principalmente nas redes sociais. “Todo mundo tem de se sentir ótimo. A obrigação de ser feliz gera tensão no jovem”, diz Robert Gellert Paris, diretor da Associação pela Saúde Emocional de Crianças e conselheiro do CVV (Centro de Valorização da Vida).
O aumento de casos de depressão em crianças e adolescentes é outro componente importante. “Mais de 95% das pessoas que se suicidam têm diagnóstico de doença psiquiátrica”, diz Bertolote.
Junte tudo isso ao maior consumo de álcool e drogas, e a bomba está armada. A Organização Mundial da Saúde estima que, a cada ano, um milhão de pessoas cometam suicídio (Folha de S. Paulo, 11/06/2013, p. C8).
FÉ, AMOR E ESPERANÇA: ARMAS PARA COMBATER
A fé no bom Deus vence tudo. São João Apóstolo escreve: “E esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (1 João 5,4).
O renomado médico e escritor americano Dr. Dean Ornish afirmou: “O amor e a intimidade são fatores estreitamente ligados à saúde e à doença, à tristeza e à alegria, ao sofrimento e à cura. Se um remédio novo tivesse o mesmo efeito, praticamente todos os médicos no país o recomendariam aos seus pacientes. Seria negligência não o receitar”.
O escritor e filósofo francês Charles Péguy chamou a esperança de “virtude do contrapé”. Assim escreveu: “Ela é a virtude do novo, a virtude do jovem. Sem ela, a fé e a caridade se tornam rotinas. Ela impede também que a comunidade cristã enfraqueça e se desestruture”.
Portanto, fé, amor e esperança dão o real sentido à vida e são remédios para a cura do corpo, da alma e das emoções abaladas.
Vamos viver com essa trilogia milagrosa a felicidade e o tempo da vontade do Pai Celestial e deixar um legado e uma frase de feliz otimismo como a do maior orador romano e sábio escritor das Catilinárias, Marco Túlio Cícero: “Vivi de tal forma, que sinto não ter nascido em vão”.

                                                                    Padre Inácio José do Vale

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Tem coragem de desligar?- 940x500
Você é daquelas pessoas que passam horas com seu celular e não se sentem satisfeitas enquanto não veem todas as mensagens? 
Seria uma bobagem dizer que precisamos deixar de usar celulares, tablets, smartphones e todos equipamentos que nos ligam uns aos outros pela internet. Da mesma forma, é angustiante, por exemplo, esquecer o celular ou o carregador em casa naquele dia em que esperávamos dar vários telefonemas.
Você já sentiu isso alguma vez? Aquele desespero, aquela ansiedade por imaginar pessoas ligando ou mandando mensagem, e você sem poder ao menos lhes responder? E aquelas noites em que você fica horas e mais horas respondendo mensagens instantâneas, WhatsApps, SMSs, redes sociais… Ufa! Você sofre muito com isso?
Passa horas em frente a esse aparelhinho como se não ficasse satisfeito enquanto não visse todas as mensagens, todas as notícias do momento e respondesse todos os recadinhos, deixando tantas outras coisas de lado?
Na maioria das vezes, nós perdemos a noção e o bom uso do tempo com essas ferramentas e prejudicamos nossa vida, nosso sono, nossos relacionamentos. Sei o quanto é difícil desligar, desconectar e parar. Mas que tal um desafio? Você consegue esperar 30 minutos para responder uma mensagem? E uma hora? Você conseguiria?
Penso que qualquer meio de comunicação, como o nome diz, é um meio e não um fim. Não deve nunca ser a arma que nos aprisiona, mas que sirva para estreitar laços. Mais ainda, que não nos percamos em nossos relacionamentos pelo uso abusivo desses equipamentos.
Coloco para todos nós a necessidade de parar, perceber e reavaliar o uso dos equipamentos de tecnologia, mas, claro, sem deixá-los de lado. Todos estamos nesse barco, e a grande maioria de nós já se viu rodeado de mensagens e de pessoas lhes procurando. Em certos momentos, tenho a sensação de que fazemos tudo no “modo automático”, e com isso nem ao menos paramos para pensar como respondemos e o que respondemos nessas tais mensagens.
E aquela rede social que serve de desabafo? Aquela exposição excessiva de uma vida supostamente feliz ou exibicionista? Será que precisamos disso tudo de verdade?
Quantas vezes prejudicamos nossos relacionamentos com palavras mal colocadas, brigas desnecessárias e a aquela perseguição desenfreada ao que é postado?
Tudo em excesso é prejudicial. Então, deixo a reflexão: “Está na hora de apertar o botão ‘desligar’ e conectar-se a outras coisas em sua vida”.

Elaine Ribeiro
Elaine Ribeiro, Psicóloga Clínica e Organizacional, colaboradora da Comunidade Canção Nova. Blog: temasempsicologia.wordpress.com Twitter: @elaineribeirosp

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Ministério de Música e Artes: Aos moldes de Maria perseverante

A paz de Jesus, meus irmãos!
Sob a luz da palavra pediremos o auxílio de nossa Mãe Maria para permanecermos unidos.
Voltaram eles então para Jerusalém do monte chamado das Oliveiras, que fica perto de Jerusalém, distante uma jornada de sábado. Tendo entrado no cenáculo, subiram ao quarto de cima, onde costumavam permanecer. Eram eles: Pedro e João, Tiago, André, Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelador, e Judas, irmão de Tiago. Todos eles perseveravam unanimemente na oração, juntamente com as mulheres, entre elas Maria, mãe de Jesus, e os irmãos dele. (At 1, 12-14)
Depois da ascensão de Jesus e antes de Pentecostes, Maria e os Apóstolos foram para o Cenáculo. Essa é a cena que mostra os primeiros passos para o nascimento da Igreja. Jesus já não estava mais com eles, e tinham agora a esperança do Paráclito que havia sido prometido. Por isso, foram para o Cenáculo. Lucas faz questão de citar 12 nomes, de cada um dos Apóstolos e o de Maria. Até existiam outras pessoas, mas Lucas quis citar os nomes dos doze.
Perseveravam
Eles estavam sob a ordem de Jesus: E comendo com eles, ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem o cumprimento da promessa de seu Pai”(At 1, 4). A perseverança deles não era fruto de uma ideia própria, e sim obediência à ordem de seu Mestre. A volta deles do Monte das Oliveiras não foi em tom de despedida, e sim com o ânimo das palavras de Jesus. Por isso, estavam motivados e perseverarem. Não foi cada um pro seu canto, pra sua casa, não. Foram todos obedecer à ordem de Jesus. E precisavam ficar lá, naquela sala, como de costume. Não podiam se afastar de Jerusalém, mesmo sem saber o que estava por vir, simplesmente obedeceram e perseveraram.
Podemos levar pra alguns lados essa meditação, mas quero que pensemos no nosso Grupo de Oração. Nós fomos chamados a servir no Grupo de Oração, portanto, o lugar da nossa perseverança é o nosso grupo. Como Renovação Carismática Católica o nosso ministério só se realiza plenamente, em sua totalidade no nosso Grupo de Oração. Nossas raízes estão fincadas no grupo. É como a nossa casa, onde podemos ir pra qualquer lugar, mas temos pra onde voltar.
Lucas diz que o cenáculo era o lugar onde eles costumavam permanecer. Para nós também deve ser assim. A nossa casa é onde a gente permanece, é onde realmente somos enraizados. Lá no grupo é o nosso berço. É onde aprendemos dar os nossos passos. A perseverança no Grupo de Oração legitima nosso ministério. Não há sentido ser missionário com seu ministério e não ser perseverante no Grupo de Oração.
Infelizmente essa é uma das realidades do nosso Movimento. Muitos querem ser missionários, mas não são perseverantes e assíduos em seus Grupos de Oração. Alguns veem os grupos como um estágio: começam, mas já imaginando que podem ser missionários, e assim, deixam o grupo. Ser missionário não é o problema, o que não se pode acontecer é fazer do grupo um degrau, sair por aí cantando, pregando e nunca mais querer servir no grupo. Isso não tem sentido, não tem legitimidade.
Um dia perguntei pra um colega que tocava em um ministério da minha diocese, por que não estava mais tocando em seu grupo de oração. Ele respondeu que tinha desanimado, porque eles tinham parado de fazer shows, e ele não queria mais “só” tocar no grupo de oração.
Sinceramente, foi uma das respostas que mais me doeu neste tempo de caminhada. Era como se tocar no grupo fosse uma regressão. Hoje ele não toca mais em lugar nenhum, nem à missa vai.
Meu ministério também faz eventos fora, como evangelizashows, congressos, retiros etc. Tenho total convicção que a qualquer momento nossos compromissos podem diminuir ou até acabar, e o que seria de mim se eu colocasse nesses tipos de eventos toda a minha razão de ser RCC? Se me faltar convites para tocar em qualquer outro lugar, não sentirei nenhum pouco. Agora, quando falto em meu grupo de oração, aí sim, é uma semana vazia e estranha pra mim. Meu Grupo de Oração é minha raiz, é lá que sou amado e acolhido. A vida missionária é extremamente necessária (mais pra frente trataremos desse assunto), contanto que você tenha pra onde voltar e permanecer.
Os Apóstolos perseveravam em Jerusalém, onde Jesus havia sido morto e os Cristãos passaram a ser perseguidos. Mas eles estavam lá, em meio a essa batalha. Eles perseveravam mesmo na tribulação. Exatamente porque cumpriam o que Jesus havia lhes ordenado, porque estavam enraizados nas palavras do Senhor. Eles não desistiram e perseveraram até vinda do Paráclito.
Nós, porém, se não estivermos como os Apóstolos e Maria, desanimaremos rapidamente. Quem não tem raiz, qualquer vento que sopra é derrubado. Quando é decepcionado, quando é humilhado ou até perseguido, se torna suficiente para que desista. Porque não tem raiz.
A perseverança se prova exatamente na dor, o Apóstolo Paulo vai nos dizer, que a tribulação produz a paciência e a paciência prova a fidelidade e a fidelidade, comprovada, produz a esperança (Rm 5, 3-4). Jesus vai nos dizer: Sereis odiados por causa do meu nome, mas aquele que perseverar até o fim será salvo” (Mt 10, 22). Definitivamente o que se espera de quem foi chamado é a perseverança, mas a perseverança que vai até o fim.
Muitos estão atuando até há muitos anos, mas não são esses perseverantes, porque vivem como se não estivessem ali. Comprometem-se até onde convém e fogem da cruz. Não é essa perseverança que Jesus diz. Jesus está falando de Cruz, de perseguição, de lágrima, de serem odiados. Jesus está falando de martírio, de vazio, desprezo, deserto, renuncia.
Essa perseverança está totalmente ligada ao amor a Jesus. “Mas o que perder a sua vida POR AMOR de mim e do evangelho, salva-la-á”(Mc 8, 35).
Eu costumo dizer que por vezes lamentamos a desistência de muitos irmãos e ficamos preocupados em querer saber por que desistiram, porque pararam... E ficamos somente na lamentação. (Lógico que devemos ir atrás dos que se perderam, mas não é esse o caso). Eu digo, em vez de querer saber o porquê tantos foram embora, pergunte aos perseverantes, porque ficaram. A resposta será uma só: Perseveramos por que amamos ao nosso Senhor!
E Maria? Quem perseverou mais que essa mulher? Chego a me emocionar, só de pensar no quanto nossa Mãe do céu foi tão cheia de amor por seu Deus, que mesmo cheia do Espírito Santo, como nenhum dos Apóstolos, Ela estava lá, junto deles, perseverando unanimemente em oração. A vida de Maria foi uma constante perseverança e persistência. À Maria não foi revelado tudo nitidamente o que ela teria que passar. A Ela não foram dados antes de tudo, os itinerários dolorosos ricos em detalhes que devia seguir. Mas perseverou até o fim, passo a passo. Da alegria da anunciação e magnificat até a solidão e escondimento. Do júbilo dos anjos que cantavam “Glória a Deus nas alturas” até a humilhante e dolorosa morte de seu Filho.
Por isso que não é de se estranhar a delicadeza de Lucas ao comunicar que Maria, a mãe de Jesus, está com os Apóstolos, perseverando unanimemente em oração. Ah Maria... Cada dia nos surpreendendo mais...
Rezemos irmãos Artistas, pela nossa perseverança. Peçamos a Maria que nos ajude a perseverar no amor a Jesus. Que possamos reacender o amor ao nosso Grupo de Oração, que se apagara. O Grupo de Oração é o tesouro de Deus. Rezemos irmãos, rezemos pela perseverança não só sua, mas de todos esses irmãos que caminham com você. Que a Cruz seja pra nós a alegria de provar a nossa fidelidade.
Próximo mês nós continuaremos meditando esses versículos. Graças a Deus, ainda não se esgotou nossa meditação.
Abraços a todos!
Temos um encontro marcado, Congresso Nacional de Músicos Adoradores. Dias 14, 15 e 16 de novembro, na Canção Nova, em Cachoeira Paulista. Organize sua caravana!
Um grande abraço desse pobre pecador.
Juninho Cassimiro
Coordenador Nacional do Ministério de Música e Artes
Renovação Carismática Católica do Brasil